O Ministério Público do Pará (MPPA) recebeu novas denúncias de irregularidades no concurso para delegado da Polícia Civil do estado (PCPA). A 5ª promotora de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, Elaine Carvalho Castelo Branco, instaurou novo procedimento preparatório para apurar os fatos ocorridos após a instauração de inquérito em junho deste ano. Segundo o despacho da promotora, não foi divulgado no Diário Oficial o nome dos componentes da banca examinadora para 5ª subfase da 1ª etapa do concurso, a prova oral.
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O MPPA divulgou no dia 3 de junho a instauração de inquérito público contra irregularidades no concurso público para delegados e investigadores da PCPA. A autoria é da promotora Elaine Castelo Branco. Segundo depoimentos de candidatos inscritos no concurso, existiam problemas nos locais de prova, tais como candidatos em posse de aparelhos eletrônicos (celulares e relógios) que poderiam ser utilizados como meio de transmissão de respostas.
Além disso, segundo denúncia de um estudante, pessoas que foram à sede da Universidade Estadual do Pará (Uepa — organizadora da seleção), para conferir seus respectivos locais de prova, se depararam com uma espécie de curso preparatório para o certame. Relatos de outros participantes dão conta de falhas no processo de identificação dos inscritos, o que permitiria a presença de qualquer pessoa no local de prova. De acordo com outros depoimentos, lacres dos exames estavam violados e algumas pessoas tinham posse do gabarito da prova.
Também foram feitas denúncias sobre o não acompanhamento de candidatos ao banheiro. Segundo o inquérito, um candidato, ao entrar no banheiro, encontrou outro concorrente falando ao telefone celular a seguinte frase: “passa as respostas logo, velho”.
A nota divulgada pela Uepa isenta da banca erros de organização, alegando que todas medidas foram tomadas, “transcorrendo o referido certame de forma relativamente tranqüila, de acordo com o planejamento feito com a Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM) e Polícia Federal (PF), e seguindo todas as recomendações do Ministério Público do Estado no que se refere aos procedimentos para realização do concurso público”.
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