domingo, 7 de dezembro de 2014

BNDES: EMPREGADA QUE CONQUISTOU VAGA CONTA SUA TRAJETÓRIA

Arquivista do BNDES uniu estabilidade à satisfação

Por - Pâmela Liarena
Após decidir estudar para concursos, Luciana optou também pela segunda graduação
O esforço, a persistência e, principalmente, o foco são detalhes imprescindíveis para alcançar o sucesso. Mas, antes disso, é preciso se encontrar, decidir onde deseja chegar, escolher uma profissão. Quando é possível unir essas duas coisas, como Luciana Dourado conseguiu, o resultado é totalmente satisfatório. A história de Luciana, de 30 anos, nascida em Manaus e hoje residente no Rio de Janeiro, é como a de muitos outros concurseiros, porém, ela nem sempre desejou ingressar na carreira pública.
 
Antes, formada em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trabalhou como personal trainer por alguns anos, mas não se viu muito satisfeita na profissão. “Sempre quis fazer algo que tivesse mais a ver comigo e que, principalmente, me desse mais estabilidade. Foi quando comecei a estudar para concursos e, em paralelo, decidi fazer vestibular para Arquivologia, na UniRio, onde me formei”, diz ela. Luciana conheceu a Arquivologia através do tio, também arquivista. “Ele sabia que eu não estava feliz na profissão anterior e me mostrou como o curso se identificava comigo, além de ter várias oportunidades de concursos”, conta. Ela estava à procura de estabilidade e conseguiu unir isto à satisfação profissional, dois fatores que, na maioria dos casos, são difíceis de andarem juntos.

Hoje, após ter passado no concurso para o BNDES no ano de 2013, ocupando a primeira colocação, a arquivista diz que o percurso não foi fácil. “Eu criei um quadro de horários. Nele constavam todas as atividades do meu dia, inclusive as que não tinham relação com estudo, como trabalho, hora de almoço, hora do lanche, hora de dormir, etc. No horário de estudo, dividi todas as matérias em tempo proporcional à importância para a prova e à extensão da matéria. Como trabalhava também, era uma rotina bem cansativa”, completa. Luciana conta que precisou abdicar de muitas coisas, como festas, aniversários, viagens e a companhia do namorado e dos amigos. “Foram muitas horas de estudo, inclusive aos sábados e domingos. Minha família sempre me apoiou em tudo, e meu namorado, hoje marido, sempre me deu força e foi supercompreensivo”, afirma.

Antes de ingressar na carreira pública, Luciana participou de inúmeros outros concursos. Foi aprovada em seleções para o TRF, Dataprev e Serpro, entre outros. Infelizmente, não foi chamada em nenhum deles, mas nem por isso desistiu de alcançar seu objetivo. Quando descobriu que tinha sido aprovada no BNDES, não acreditou. “Recebi uma ligação do meu pai às 7h da manhã e não acreditei quando ele disse que eu tinha ficado em primeiro lugar no concurso. Foi um choque. Perguntei inúmeras vezes se ele estava falando sério”, revela. Para ela, a carreira pública representa estabilidade profissional e evita situações discriminatórias em seleções promovidas por algumas empresas privadas. “O concurso público é uma das formas mais democráticas de seleção profissional, não discriminando a idade, o sexo ou a aparência dos candidatos. Não existem as subjetivas entrevistas das seleções de emprego da iniciativa privada. É a oportunidade de se conseguir um bom emprego em uma seleção que depende somente de seu esforço e dedicação.”

Feliz com a sua conquista, Luciana Dourado não pensa em fazer outros concursos e diz que o foco e a força de vontade foram elementos decisivos para a sua aprovação. Para aqueles que estão na luta por uma vaga no setor público e aos que pretendem entrar na rotina de um concurseiro, ela deixa uma mensagem. “Você precisa não só se dedicar, mas acreditar que pode ser o melhor e se sacrificar um pouco por aquilo que você quer se tornar. Primeiro, decidam o que querem ser. Acreditem e lutem por isso. E depois, não desistam. A dor é temporária. Ela pode durar um ano, dois, mas, em alguma hora, ela vai ficar para trás. Mas se vocês desistirem, ela vai durar para sempre. Ouvi isso uma vez e nunca esqueci”, encerra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

QUESTÕES COMENTADAS SOBRE LEGISLAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA - PMSC

  PMSC   LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL   1 - Lei Nº 6.218 , de 10 de fevereiro de 1983 - Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais-Militare...