quarta-feira, 28 de maio de 2014

DELEGADO TOCANTINS: CANDIDATOS QUEREM A ANULAÇÃO DA PROVA POR SUPOSTAS FRAUDES E MPE VAI INVESTIGAR


Candidatos apontam supostas fraudes no concurso da PC: MPE vai investigar

De acordo com os relatos, candidatos foram flagrados com o gabarito na mão antes da prova começar, outros com cartão-resposta preenchido logo que as provas começaram e em alguns locais faltaram provas
Autor: Da Redação
Provas foram aplicadas neste domingo
Ascom

Na manhã desta segunda-feira, 26, candidatos que fizeram prova para o cargo de delegado do concurso da Polícia Civil do Estado do Tocantins procuraram o Portal T1 Notícias para relatar supostas irregularidades durante a realização da prova, neste domingo, 25.

De acordo com os relatos, alguns candidatos foram vistos com o gabarito na mão antes da prova começar, outros com o cartão-resposta já parcialmente preenchido, em alguns locais faltaram provas e o uso de celular dentro das salas durante a prova.

Em entrevista ao Portal, candidatos que não serão identificados na reportagem para evitar que os mesmos sejam prejudicados ou perseguidos na continuidade do certame, relataram o sentimento de insegurança gerado pelas suspostas irregularidades e fraudes.

"Gera insegurança, com certeza. Como explicar a falta de provas? Eles tinham total controle sobre a quantidade de inscritos para a vaga de delegado", questionou um dos concorrentes.

Alguns candidatos questionaram o critério utilizado pela Fundação Aroeira para dividir as salas: "totalmente desorganizado, eu nunca tinha visto isso. Tinham candidatos com várias iniciais na mesma sala. Assim fica fácil eles colocarem os 'apadrinhados' juntos numa sala e deixar o restante nas outras turmas".

O candidato lembrou ainda que a técnica usada em praticamente todos os concursos públicos realizados no país é de que as salas são divididas conforme os nomes do candidatos: "candidatos com nome iniciado em A e B ficam numa sala, por exemplo, até por uma questão de organização".

A Fundação Aroeira encaminhou à imprensa materia relatando a abstenção de quase 4 mil candidatos. Esse ponto foi levantado por um dos entrevistados do T1 Notícias: "se quase 4 mil faltaram e faltou 100 provas, imagina se esses 4 mil tivessem comparecido? Tinha sido um caos".



MPE acionado

Orientados a registrar as denúncias no Ministério Público Estadual (MPE) alguns candidatos foram ouvidos esta tarde, prestando depoimentos sobre o caso. Ao Promotor de Justiça Edson Azambuja, que acompanha todo o caso, desde a contratação da Fundação Aroeira com dispensa de licitação, os candidatos denunciaram a existência cadernos de provas marcados aparentemente com as respostas corretas, uso de celulares durante a prova e a falta de 100 cadernos de prova para os candidatos que fizeram as provas no Instituto Federal do Tocantins (IFTO).

Mais depoimentos serão tomados e segundo Azambuja, o MPE vai instaurar uma portaria solicitando as atas da a aplicação das provas para averiguar as denúncias. De acordo com o promotor, as investigações ainda estão prematuras, mas se confirmadas as denúncias, entre as penalidades que podem ser aplicadas à Fundação Aroeira, está a suspensão do concurso.



Aroeira nega

O T1 Notícias procurou a assessoria da Fundação Aroeira nesta segunda-feira, que negou qualquer ocorrência durante a realização das provas. Em material divulgado à imprensa esta tarde, a empresa afirma que o concurso transcorreu sem nenhum incidente: “A realização das provas aconteceu dentro da normalidtaade, sem incidentes e seguindo todo o cronograma estabelecido no edital”.

Cerca de 9 mil candidatos fizeram a prova para o cargo, ao qual são oferecidas 92 vagas para posse imediata, 5 para portadores de necessidades especiais e 29 para cadastro de reserva.

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