terça-feira, 19 de março de 2013

EX-DITADOR É CONDENADO À PRISÃO PERPÉTUA POR CRIMES CONTRA A HUMANIDADE

Ex-ditador é condenado à prisão perpétua por crimes contra a Humanidade

A justiça Argentina condenou à prisão perpétua o ditador Reynaldo Bignone, por crimes contra a humanidade cometidos em um centro de detenção clandestino da guarnição militar de Campo de Mayo, nos arredores de Buenos Aires.

Além de Bignone (1982-1983), o Tribunal Federal de San Martin também condenou à pena máxima o ex-comandante Militar Santiago Omar Riveros e os repressores Luis Sadi, Eduardo Corrado e Carlos Thomas Macedra.

O tribunal os considerou responsáveis por crimes cometidos contra 23 vítimas, incluindo sete mulheres grávidas que deram à luz na guarnição militar de Campo de Mayo e que continuam desaparecidas.

Os outros ex-militares acusados receberam penas de entre 25 e 16 anos de prisão: Carlos Somoza (25 anos), Hugo Castagno Monge (20 anos), Julio San Román (20 anos) e Eugenio Guarañabens Perelló (16 anos).

Finalmente, o tribunal condenou a 15 anos de prisão o ex-oficial de inteligência Carlos Hidalgo Garzon, e a 12 anos de prisão, sua esposa, Maria Francisca Morillo, pela apropriação de Laura Catherine de Sanctis Ovando, cuja identidade foi restituída em 2008.

As sentenças foram recebidas com vivas e aplausos por parte dos familiares dos desaparecidos, parentes e ativistas de direitos humanos que estavam presentes no julgamento, de acordo com imagens transmitidas ao vivo pelo Centro de Informação Judicial.

Bignone negociou a transição da ditadura do Uruguai, no século passado, para a democracia após assinar uma Lei de Anistia, que mais tarde foi anulada, e ordenar a destruição de todos os documentos relativos às prisões, torturas e assassinatos de desaparecidos durante a ditadura.

O ex-militar, de 85 anos, foi condenado em 2010 e em 2011 a 25 anos de prisão por crimes cometidos no Campo de Mayo, e em dezembro passado, somou sua terceira condenação ao ser sentenciado à 15 anos de prisão por crimes cometidos em um centro de detenção clandestino que funcionava dentro do hospital público Posadas, na periferia de Buenos Aires.

Em julho passado, ele recebeu outra sentença, de 15 anos de prisão, pelo roubo sistemático de bebês durante a ditadura, processo histórico, em que o ex-ditador Jorge Rafael Videla (1976-1981) foi condenado a 50 anos de prisão.

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